sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Estudo de Gênero Narrativo: Conto 7ºano

Você conhece o conto de Perséfone? Ele narra segundo a mitologia grega, como surgiram as estações do ano na Terra. Antes da leitura, vamos repassar os pontos principais aprendidos em sala de aula sobre esse gênero narrativo.

Os contos são narrativas de tradições orais, ou seja, eram histórias contadas oralmente, passadas adiante de geração em geração. Nos contos, geralmente há personagens fictícios, um clímax que muda a história/trajetória dos personagens, e estes por sua vez, são pouco aprofundados característicamente falando, em outras palavras, os personagens possuem poucas características psicológicas, diferente de outros gêneros literários, cujas características dos personagens são bem aprofundadas. A passagem de tempo nos contos também costumam ser bem curtas, pois o gênero tem o intuito de contar o desfecho(fim) dessas narrativas de modo que fique um aprendizado para o leitor/ouvinte.

Vamos ao conto:

 Perséfone, a primavera e o verão

 Diziam os antigos gregos que, no início dos tempos, não existiam as estações do ano. Na Terra só havia a primavera, com suas flores, beleza e suavidade. Nessa época andava pelo mundo uma jovem belíssima chamada Perséfone. Era filha de Deméter, a deusa do casamento e das colheitas. Um dia, Perséfone apanhava flores e cantava feliz quando foi vista pelo deus do mundo subterrâneo, o terrível Hades. Ele se apaixonou perdidamente pela jovem e a raptou, levando-a para seu mundo de escuridão. Deméter, a mãe, ficou desesperada. Não se conformava com a perda da única filha. Como ela era deusa das colheitas, sua tristeza e saudade fizeram os frutos das árvores secar e as flores murchar. Famintos, os homens pediram a Zeus, o deus de todo o universo, que resolvesse aquela situação. Zeus chamou seu filho Hermes, o mensageiro dos deuses, e lhe fez um pedido: - Hermes, quero que me ajude. Deméter exige que Perséfone retorne. Diz que se ela não voltar, todas as árvores do mundo morrerão. Mas Hades já se casou com ela. O que podemos fazer? Hermes, o mais esperto dos deuses, desceu até o mundo subterrâneo de Hades, a terra secreta da noite e dos mistérios. Lá encontrou Perséfone ao lado do marido. - Meu pai ordena que Perséfone volte para sua mãe, Hades. Você agiu incorretamente. - Por quê? - perguntou o deus da noite. - Eu estava apaixonado, não conseguia viver sem Perséfone e, com o tempo, ela também aprendeu a me amar! Somos felizes agora. - Não se pode raptar uma jovem dessa forma. Deméter sofre pela falta da filha e você terá que me obedecer. - É impossível devolvê-la à Terra - disse Hades. - Como você sabe, os que entram no mundo das trevas não podem comer nada aqui. Ora, Perséfone já se alimentou conosco. Agora pertence ao meu mundo. Será minha eterna amada. - Hades - insistiu Hermes - , se ela não regressar, desparecerão as árvores e os homens morrerão. Isso não pode acontecer. Portanto, faço-lhe uma proposta. Perséfone ficará na Terra ao lado de sua mãe durante oito meses por ano. Os quatro meses restantes, passará ao seu lado, no mundo da noite. Hades concordou. E foi assim que surgiram as estações. Quando Perséfone está na Terra, temos a primavera e o verão. Durante o outono, Perséfone se prepara para descer ao Hades, e por isso o clima se torna frio e as árvores derrubam folhas de tristeza. Durante a usência de Perséfone, ficamos no inverno. Não há sol, flores nem frutos. Mas, quando ela retorna, vem a primavera, e vemos a alegria de Deméter espalhar-se por toda a natureza, enchendo nosso coração de esperança e nossos olhos de beleza.

 Mitologia graga Fonte: Lá vem história outra vez - Heloisa Prieto Extraído de: http://contopresente.blogspot.com/2016/01/persefone-primavera-e-o-verao.html Em 14/02/2020

ATIVIDADE DE ESTUDO DO GÊNERO PARA O 7ºANO (CONTO)



Agora que você fez a leitura e já estudou sobre o gênero narrativo em sala de aula, crie seu próprio conto aqui para compartilhar com seus colegas e familiares. Se preferir, leia outros contos para mais inspiração. Lembre-se dos contos lidos em sala de aula. Boa escrita!

Minha língua é minha identidade!

Desde o nosso descobrimento a nossa língua passou e tem passado por muitas mudanças. Apesar de sua origem vir do Latim, conquistamos a independência linguística somente no início do século XX, quando os meios de comunicação da modernidade nos proporcionaram a escolha da seleção do idioma das páginas de internet em Português Brasileiro. Claro que isso é uma brincadeira, é graças ao trabalho infindável dos linguistas que justificaram as diferenças do idioma do Português lusófono com o surgimento das variações linguísticas. Afinal de contas, apesar de ter sido o nosso colonizador, o Brasil foi afastando-se de Portugal cada vez mais e mais após a nossa proclamação da República. Do Descobrimento para cá, somamos 5 séculos de mudanças em nossa língua. Somos um país de múltiplas identidades, muitas culturas trazidas por muitos povos, afinal de contas, somos o país de população miscigenada mais negra fora do continente africano! E como falar de identidade e nacionalismo se somos a população mais vir-latas que existe? Sim, pois renegamos tudo que é nacional para valorizar o que vem de fora. E se esse fora dos os EUA então, aí não precisa justificar mais nada, o país fala por si só. Como nós, professores de Língua Portuguesa, podemos resgatar o sentimento de identidade nacional tendo como forte concorrente a internet, cheia de notícias fresquinhas de tudo que é canto ao redor do mundo, corroborando para o desaparecimento das tradições orais ano após ano? Me diga uma escola que não preconize a Cultura Inglesa em contrapartida do esquecimento das tradições locais de sua cultura local? De sua região, seu país? Me pergunto se as escolas ainda hoje fazem desfiles nas ruas, festas de São João, ou se essas coisas já saíram de moda, os jovens não se interessam mais.] É justamente para resgatar e reafirmar o sentimento e o pertencimento de identidade nacional que esse blog foi criado. Para que o Navegando nas Letras, possa trazer dos mares lusófonos a história por detrás de nossa língua. Para estudarmos a língua materna analisando semanticamente textos de todas as culturas que compõe a nossa identidade nacional: a cultura indígena (vergonhosamente pouco exaltada mesmo nos dias de hoje), a cultura negra (tão vilipendiada que ainda hoje são necessárias ações de fortalecimento); mas ainda outras que também construíram nosso povo, como a japonesa, a italiana, chinesa, judia e alguns outros. Para muito além de fazer atividades extra-sala vamos trazer e trocar informações sobre travessias linguísticas através da história, textos literários, intertextos, multitextos, pinturas, imagens, sons, vídeos, e tudo o mais que a internet nos disponibilizar para fazer do ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa, um exercício prazeroso e cooperativo! Muitíssimo bem-vindos!